quarta-feira, 3 de março de 2010

ATPS TROVADORISMO

ATPS Trovadorismo

Profº Guilherme Nicésio

Ana Lúcia Oliveira Pinheiro RA: 0919439256
Marcio Batista Sá Guimarães RA:0920424102
Merlly Stahl Nunes de Paula RA:0901392375


Faculdade Anhanguera de Indaiatuba

Indaiatuba 03 de Março de 2010

Etapa 1

a) Identifique qual o tipo de cada cantiga (de amigo ou de amor) e o ciclo
cronológico a que pertencem:

A primeira cantiga é uma canção de Martin Codax, classificada como canção de amigo e o ciclo cronológico pertence ao século XIII. 1109-1385.
A segunda cantiga é uma canção de Paio Soares de Taveirós, classificada como cantiga de amor e o ciclo cronológico pertence ao século XII – XIII. Nesta cantiga encontra se uma sintonia de paixão onde há perda de contentamento, e que o amado está morrendo como morrem aqueles que morrem por amar em demasia uma dama.
O ciclo de ambas é cancioneiro d’A Ajuda século XV e XVI

b) Indique o sistema de rimas e identifique o refrão:
O refrão desta cantiga de amigo é: e miraremo’-las ondas.
As rimas são paralelas compostas por: Igo - ido, ou-ou, ado-ado, ido-igo.
O refrão da cantiga de amor é: ai, mia senhor, assi.
As rimas são compostas por: en.

c) Para a cantiga de amigo indique a classificação temática usando elementos do
texto, para a cantiga de amor identifique e explique como acontece a expressão
do “amor cortês”;

Nesta canção nota se que o rapaz está perdidamente apaixonado pela moça, já não dorme e quase morre de amor, porém não pode revelar que sofre desse a-mor, nem pode revelar a identidade de sua amada já que quase sempre ela é comprometida. O emissor é homem e o receptor é mulher. Disfarça suas inten-ções eróticas com a dama já que seus desejos são irrealizáveis na vida real, ima-gina que a distância faz com que o amor aumente cada vez mais.
Trata sua dama como o vassalo ao seu senhor, disfarça com elementos de lin-guagem bem como pseudônimos, mas sem revelar o nome da moça.
Na canção de amigo o emissor é uma mulher e o receptor é um homem. A mulher está na posição de plebéia, é uma canção composta nesse caso para o mar, con-fessando seu amor e almejando notícias dele. Enfim podem ser feitas diversas composições para ocasiões diferentes, como um dialogo com o mar ou canção para a irmã ou mãe por exemplo.

d) Faça uma síntese de cada cantiga
As cantigas compostas pelos trovadores eram musicadas e interpretadas pelo jo-gral, pelo segrel e pelo menestrel, artistas agregados às cortes ou perambulavam pelas cidades e feiras. Muitas vezes o jogral também compunha cantigas.
Na canção de amor o trovador canta seu amor a uma dama. O amor é impossibi-litado devido ao comprometimento da dama, também pelas diferenças sociais. O eu - lírico é masculino. A dama é normalmente de posição social superior.
Na canção de amigo mesmo sendo dolorosa ao mesmo tempo é prazerosa a dor do amor.
Tal cantiga expressa sentimentos que não se concretizam realmente.
O eu – lírico geralmente é feminino, mas pode ser masculino também.

Passo 2

Leia a cantiga de amigo abaixo e explique porque podemos dizer que há
um sistema que é chamado de paralelismo:
Os versos desse poema possuem metrificação silábica constituindo as estrofes de modo paralelo em seus versos, pois,as cantigas utilizam essa estrutura alternando os versos e repetindo o refrao, sendo que: os primeiros versos de 10 silabas, os segundos versos de 12 silabas e os terceiros de 8 silabas construindo assim um paralelismo entre as estrofes.
Suas rimas são compostas por: Ir e ar.

Passo 3

Na cantiga de amor abaixo, D. Dinis discute o problema da expressão
do amor nas poesias provençais, sugerindo certa falta de sinceridade. Usando
os elementos da própria cantiga, diga por que podemos chegar a tal conclusão.
A cantiga mostra que o mancebo louva sua senhora apenas quando tudo está bem, mas não quando seu coração está triste por não ter concretizado o idílio mas desejá-lo.

Passo 4

Explique, usando elementos do texto, porque podemos dizer que a
cantiga abaixo é uma paródia à teoria do amor cortês e às suas exigências:
Na verdade essa paródia é uma canção satirizada, classificada como uma canção de escárnio, pois ela maldiz a moça e não a elogia chamando-a de feia, velha e louca, ao contrario da canção de amor que ressalta as qualidades da moça.
O autor da canção faz ofensas com palavras de xingamento e diz que nunca fará para ela uma canção de amor.

Passo 5

Tendo em vista o fato de o “amor cortês” caracterizar-se justamente
pela impossibilidade de união real entre os dois amantes, diga em que consiste
a “falta” que define as relações amorosas das novelas de cavalaria. Explique
isso exemplificando com a história de Tristão e Isolda. (BÉDIER, Joseph. O
romance de Tristão e Isolda. São Paulo: Martins Fontes, 2001).
O mito de Tristão e Isolda foi retratado de diferentes maneiras na Idade Média. Em linhas gerais a história pode ser descrita assim:
Tristão, excelente cavaleiro a serviço de seu tio, o rei Marc da Cornualha, viaja à Irlanda para trazer a bela princesa Isolda para casar-se com seu tio. Durante a viagem de volta à Grã-Bretanha, os dois acidentalmente bebem uma poção de amor mágica, originalmente destinada a Isolda e Marc. Devido a isso, Tristão e Isolda apaixonam-se perdidamente, e de maneira irreversível, um pelo outro. De volta à corte, Isolda casa-se com Marc, mas Isolda e Tristão mantêm um romance que viola as leis temporais e religiosas e escandaliza a todos. Tristão termina banido do reino, casando-se com Isolda das Mãos Brancas, princesa da Bretanha, mas seu amor pela outra Isolda não termina. Depois de muitas aventuras, Tristão é mortalmente ferido por uma lança e manda que busquem a Isolda para curá-lo de suas feridas. Enquanto ela vem a caminho, a esposa de Tristão, Isolda das Mãos Brancas, engana-o, fazendo-o acreditar que Isolda não viria para vê-lo. Tristão morre, e Isolda, ao encontrá-lo morto, morre também de tristeza.

(Wikipédia)

A falta designa-se do fato de ambos desafiarem as leis e doutrinas regentes na época já que adultério era crime e não havia casamento por amor eram todos arranjados. Ate mesmo dentro do casamento o amor era mal visto. O amor cortes era baseado em não revelar diretamente esse amor.

Passo 6

Descreva, sucintamente, o argumento de A Demanda do Santo Graal e
explique o significado do episódio intitulado “A tentação de Galaaz” (in:
MOISES, Massaud. A Literatura Portuguesa através dos Textos. 28ª ed. São
Paulo: Cultrix, 2002) para a configuração de um tipo específico de cavaleiro
medieval.
A demanda do Santo Graal, o Graal é o próprio mistério, o objeto de desejo de todos e também a metáfora da busca individual, do autoconhecimento.
Em última análise, o santo cálice, usado por Cristo na sua última refeição e que teria sido trazido por José de Arimatéia, representa a Vida, a última ceia, o sangue de Jesus e, portanto, o próprio Cristo, que nela bebeu.

(Yahoo respostas)

A Demanda do Santo Graal é a novela mais importante para a literatura portugue-sa. Ela retrata as aventuras dos cavaleiros do rei Artur, portanto é um ciclo arturia-no ou bretão. O rei Artur nessas aventuras buscava encontrar o cálice sagrado (Santo Graal).
Segundo pesquisas este cálice conteria o sangue recolhido por José de Arimatéia, quando Cristo estava crucificado. Essa demanda é repleta de simbolismo religio-so, e o valoroso cavaleiro Galaaz que consegue o cálice por ser considerado uma pessoa pura ao contrário de Lancelot que ao ser tentado por uma mulher com-promete a sua castidade.

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